sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

E hoje....

"Um fenómeno conhecido como halo solar mudou o céu de Luanda nesta sexta-feira.
Trata-se de um círculo colorido em volta do sol, resultado da interacção entre a luz e cristais de gelo que ocasionalmente surgem na atmosfera.
Os cristais provocam a reflexão e a refracção da luz em cores."
 
 






quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

tradições

    A E. dorme literalmente em pé... teve um óbito na família e já há várias noites que não dorme...
   Um sério problema na assiduidade  ou na qualidade de trabalho dos trabalhadores aqui é causado pelos "óbitos"...

    Primeiro porque sendo famílias muito numerosas e com  os deficitários cuidados de  saúde que existem as mortes são comuns e a tradição é ter que ir a todos os funerais mesmo que seja de um primo afastado que nunca se viu..... O principio é " se eu não for também não virão ao meu". A importância da pessoa em vida mede-se pelo número de presentes no seu óbito...

  Depois, a própria tradição do óbito é algo complicada.... mal se sabe do "acontecimento", família e amigos rumam para casa do falecido ou de um familiar próximo. E aí ficam: " Mas fazem o quê?" pergunto à E. , deve achar a minha pergunta absurda porque me responde com um ar admirado: " Choramos, comemos e bebemos"..... E assim ficam até ao funeral propriamente dito e nos dias que o seguem. E isto pode demorar uma semana ou até várias...


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

tpa

   Ver o telejornal do canal público é :
 
  - Ter a impressão de estar a ver tempo de antena do partido do governo....
 
  - Ter dúvidas se o pais que vemos naquela janela ( TV) é o mesmo que vemos da janela de "casa" e do "carro"...
 
  -  Ter a impressão que Angola é o centro do mundo e um dos países mais poderosos do mundo....
 
  -  Descobrir novas palavras.....
 
  -  E novas ortografias.....
 
 
( Num telejornal vi  em letras garrafais escrito " Megawott".....em vez de Megawatt....)

domingo, 25 de janeiro de 2015

"Dália azul, Ouro Negro"

   De certeza que só me deixaram entrar neste pais porque não sabiam que trazia o livro comigo....

sábado, 24 de janeiro de 2015

Leituras recomendadas (VI)


Dália Azul,  Ouro Negro - Ampliar Imagem



  (...) Chegou agora a vez de Dália Azul, Ouro Negro, do jornalista britânico Daniel Metcalfe (n. 1979). Embora tenha por subtítulo Viagem a Angola, as primeiras sessenta páginas do livro não são sobre Angola. Os dois primeiros capítulos reportam a São Tomé e Príncipe, país que Metcalfe utilizou como trampolim para Luanda. Nesse intervalo complacente entre Belgrave Square e o Mussulo, pôde reflectir sobre que tipo de sociedade iria encontrar numa cidade onde "os estrangeiros pagam quarenta dólares por uma sanduíche absolutamente repugnante" [em hotéis que] "são obscenamente caros e, na sua maioria, de má qualidade." Incomodado com os mosquitos da ilha do Príncipe e com os ratos que infestam a Riviera Angolana (a península do Mussulo), nem por isso o autor desistiu. Há vocações para tudo.

A exploração de petróleo é um dos eixos centrais. A Sonangol e o vertiginoso enriquecimento de famílias ligadas aos apparatchiks mais notórios ocupam boa parte da reportagem, indo até ao Angolagate de Falcone & Gaydamak.

Isto dito, Dália Azul, Ouro Negro não é um livro de viagens tradicional. É um tour d'horizon contextualizado politicamente sobre uma economia em crescimento acelerado. A abrir, o recreio são-tomense serve para denunciar o tráfico de escravos, com o picante adicional, pouco conhecido entre nós, de dar a conhecer o boicote dos grandes fabricantes de chocolate (ingleses, alemães e suíços) à importação de cacau daquela antiga colónia, após a publicação de A Modern Slavery (1908), de Henry Nevinson.

Além de notas, o volume inclui um glossário.
 
Crítica de Eduardo Pitta
 
Dália Azul, Ouro Negro, Daniel Metcalfe

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Kixikila

Explicado por quem percebe mais do assunto, Kixikila é  isto:
 
    "No mercado atípico angolano, muitas práticas financeiras são utilizadas como alternativas às operações bancárias. Em Luanda e em muitas outras províncias, a Kixikila predomina como principal operação financeira alternativa às tradicionais operações bancárias, tornando-se parte do dia-a-dia de muitos jovens angolanos.
  Antes de mais, deve se dizer que a Kixikila é uma forma de financiamento na qual pelo menos duas pessoas contribuem periodicamente um valor igual, permitindo nesse período a utilização da totalidade dos valores por um dos membros. Esta é uma prática informal, que normalmente evita as burocracias e permite uma certa rapidez na obtenção de capital de crédito.
Este é um negócio que não requer formalidades e nem obedece a critérios particulares. A periodicidade pode ser mensal, quinzenal, semanal ou até mesmo diária, dependendo da vontade dos aderentes. Os grupos normalmente são compostos por não mais de 4 ou 5 pessoas, onde a única garantia é a mútua confiança entre os membros. Normalmente recorrem à esta prática os trabalhadores que auferem um salário não muito elevado, utilizando assim o dinheiro da kixikila para poder efectuar algumas operações que requerem um montante considerável."
 
 in http://www.jovensdabanda.co.ao/em-destaque/neuronios-no-ginasio-kixikila/8345-neuronios-no-ginasio-kixikila
 
 
 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

As coisas que eu vou aprendendo (IX)

   Kixikila: "esquema" em que várias pessoas se juntam e dão  um valor predefinido a uma das pessoas desse grupo que pode usufruir desse valor ( o dinheiro dado por todos os elementos) nesse mês.  Todos os membros do grupo terão um mês em que recebem o "bolo".
 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ano novo, caras ( e não só....) novas...


 Em 2014....

Em 2015....



( Nem é preciso dizer que quase rebentei a rir quando vi tal coisa: Substituir a face serena do grande líder pelas cuecas do CR7??? Sinceramente não se faz!!)



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Economia

   Desde que saí daqui, o preço do petróleo continuou a baixar o que pode significar alguns problemas para Angola...
  
   Dizem-me que a gasolina/gasóleo subiu muito e que os preços também.
 
  Mas, em Luanda, não se nota nada. A cidade continua um autêntico estaleiro com prédios altíssimos em construção, as ruas continuam cheias de carros caros e até muitos "Hummers", Os supermercados continuam cheios...
 
  Em contrapartida, também continua a pobreza e a miséria em cada esquina da maior parte das zonas da cidade...
 
  Portanto até ver, tudo continua na mesma.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sensações...

     Os dias que antecederam a partida foram relativamente calmos. Ao contrário das outras vezes não senti a ansiedade da separação do L, do M, da família, da casa.... Estava consciente que o tempo passa num instante e  sem eu dar por isso: brevemente estaria de volta.
 
  Foi no céu, algures sobre África, vendo a localização do avião que percebi que estava de partida e senti a habitual "sensação de aperto no peito e nó na barriga"...
 
    E depois aterro em Luanda, e no caminho para  "casa" tenho a sensação de que ainda ontem saí daqui...
 
 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Uma viagem sem história...

  Viajei ontem pela TAP num voo directo da amada pátria mãe para Luanda.
 
  Sem ser a turbulência e o facto do voo ter partido meia hora atrasado não há absolutamente nada a contar desta viagem:
 
  - Ninguém me revistou ou remexeu a minha bagagem confiscando-me artigos de higiene...
 
 - Aparentemente não iam animais no voo...
 
 - A comida de avião continua a treta do costume...
 
 - Os restantes passageiros portaram-se todos bem...
 
- Na chegada,  o controlo de passaportes decorreu com  a lentidão do costume mas sem sobressaltos....
 
 
  E chegada aqui levo com o habitual bafo quente  e mal ponho o pé fora do aeroporto tenho a malta do costume a oferecer os seus serviços ( "Madrinhá, qué táxi?" ).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Em espera

   Mala feita.... viagem marcada.... e a aguardar o passaporte e respectivo visto.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Agradecimentos!

 2014 chegou ao fim...Se foi um ano espetacular? não sei. Foi ,  de certeza e para mim, um ano diferente. E agradeço!!! :
 
-  Aos 1831 visitantes  (voluntários e involuntários) deste blogue...
 
-  Ao L e M que ficaram  nas partidas e a aguardar as chegadas...
 
-  À família que foi sempre o porto seguro...
 
-  Ao Hemisfério Sul ( Angola) que me acolheu...
 
-  À C. , A. , L., (entre outras) que me deram o privilégio da sua amizade e me  mostraram vidas que nem sabia que existiam....
 
- À Tap, Royal Air Marrocos e Iberia que me transportaram em segurança....
 
- Aos amigos que se foram preocupando....
 
- A mim.... por ter tido coragem e vontade de viver algo muito fora da minha zona de conforto!
 
Bom ano para ambos os hemisférios!!!