Bem.... nem sei por onde começar....
Lisboa
Além da angústia da partida e da despedida do L que foi bem mais difícil que a primeira, mal passo no detector de metais a coisa desata a apitar desalmadamente... tira cinto, passa o cinto na máquina, comprovasse que o dito cujo é o culpado e supostamente seguiria o meu caminho....pensava eu...
A seguir, uma zelosa e antipática funcionária pergunta-me se falo Português* ( e eu penso " Ó parvalhona deves estar a brincar" mas respondo "Sou Portuguesa") e revista-me ( apalpa-me também descreve o acto) da cabeça até aos pés, com bónus de descalçar sapatos para a dita espreitar e da maquineta que passa pelos meus 162 cm.
Quando acaba e eu penso que posso seguir, tenho outro zeloso ( mas simpático) funcionário ao pé da minha bagagem de mão a pedir que a abra... E lá se vai o perfume e um outro produto que ele acha perigosíssimo para ir na cabine do avião... Faço olhinhos e pedincho, argumento que fiz a viagem para cá com ambas as coisas na bagagem de mão... nada... " se quiser pode colocar ambas as coisas num envelope e enviar para a sua morada, são 2 €". Pois.... está bem... Mordo a língua para não lhe dizer para onde me apetece enviar (também poderia usar o verbo enfiar...) os objectos, agradeço e sigo...
* Piada privada : Só pode ter sido pela minha altura estonteante, o cabelo louro, a pele alva como neve e os olhos azuis da cor dos mares nórdicos...