sábado, 31 de maio de 2014

Este Blogue

" tem cuidado com o que escreves no blogue" , disse-me uma pessoa amiga...
   Quando cheguei a Luanda comecei a enviar emails diários à família onde ia relatando ( resumidamente) aquilo que me ia acontecendo, o que ia vendo e o que achava. Consoante o humor e grau de cansaço lá iam saindo pequenos textos sem grandes pretensões.
  Ao final das primeiras semanas, o meu pai perguntou-me se não queria "transformar" os emails em blogue de forma a ficar com "um diário da viagem".  Ele tratou da parte técnica e gráfica ( Criou o blogue, colocou-o  bonitinho e apresentável) e eu só tive que transcrever os emails ( retirando nomes e algumas partes que só interessavam mesmo à família). Depois  a questão: Mantê-lo só visível para alguns  ou abri-lo ao mundo da Internet.... Mas se fosse só para alguns não necessitaria de um blogue, ficaria pelos emails e até poderia trancreve-los para um caderno e ficaria com o meu diário privado. Portanto, se é blogue.... é público.
  E voltamos ao ponto inicial.... porque devo ter cuidado com o que escrevo? Não violo nenhuma lei, não incito à violência nem tento criar motins e movimentos sociais anti-governo....
  Simplesmente...escrevo aquilo que acho, que vejo e sinto! E portanto limitada pela minha experiência Tuga e pouca experiência mwangolé*  faço uma observação minha e muito superficial   da realidade local, sem (novamente) grandes pretensões.
 
* Primeiro ouvi e soube o significado desta palavra ( que significa Angolano) oralmente. Depois na primeira pesquisa para saber como se escrevia apareceu " Mangwolé"... mas estava errada e a forma escrita é mesmo : Mwangolé.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Leituras recomendadas III




 
 
Just kidding...  :) 
 
 
 
( Mas se alguém quiser ou estiver interessado pode fazer download aqui: https://ia600304.us.archive.org/27/items/dicionriokimbu00assiuoft/dicionriokimbu00assiuoft.pdf)
 E a propósito do autor:
"Advogado, jornalista e escritor angolano nascido a 13 de março de 1887, em Luanda, e falecido a 27 de maio de 1960, em Lisboa. Assis Júnior foi várias vezes preso, como sucedeu em 1917, acusado de ser um dos responsáveis do Movimento Nativista ou Revolta de Nativos e também, em 1922, durante os acontecimentos de Catete. Foi o primeiro Presidente da Liga Nacional Africana, em 1930, foi diretor de A Província de Angola e de O Angolense, e fundador da revista Angola. Enquanto advogado, exerceu o cargo de procurador judicial das populações autóctones, sobretudo em litígios de expropriação de terrenos. Foi-lhe determinada residência em Portugal, como preso político, nos anos 50 e 60. Aí, a convite de Rodrigo Nogueira, professor de português, estudou quimbundo na Escola Superior Colonial, vindo, mais tarde, a publicar o Dicionário Quimbundo-Português.
Destacou-se como uma das figuras de maior relevo na vida intelectual angolana, em finais do século XIX e inícios do século XX. Escreveu Relato dos Acontecimentos de Dala Tando e Lucala (1917) e O Segredo da Morta (um romance de costumes angolenses)."
 

 


terça-feira, 27 de maio de 2014

domingo, 25 de maio de 2014

Leituras recomendadas

Sou muito curiosa..... nos meus 60 dias em Angola  tentei observar e compreender o modo de vida Angolano,  pesquisei a sua história, a sua geografia, os índices de crescimento económico/demográfico, as características sociais, a língua nativa mais falada (Kimbundu)...  nas minhas pesquisas encontrei muitas coisas e encontrei também alguns blogues ....
 Um deles foi este:
Relatos muito interessantes e fotografias espectaculares de quem viveu/trabalhou algum tempo em Angola.
 Por me identificar com este post (além de outros) faço a sua transcrição.... quem tiver curiosidade visite o blogue. Vale a pena! 

"fado, fátima e futebol



By: Tiago Figueiredo

Há uns dias falava com uma pessoa e dizia-lhe que em sociedades assimétricas, com uma classe minoritária a apropriar-se ilicitamente dos meios de produção sacrificando a maioria dos seus compatriotas, se torna urgente uma leitura e postura crítica sobre os assuntos. Responderam-me que as críticas não levam a lado algum, que era preciso ser positivo e acreditar. Respirei fundo. “Não, não… Ser crítico não implica ser destrutivo, implica analisar os problemas, diagnosticá-los, imaginar soluções e propô-las. E o que é isso de ser “positivo e acreditar”? Acreditar em quê?” – “Acreditar no Homem. Acreditar que as coisas se irão compôr. As coisas levam tempo. A História tem mostrado que todos estes processos levam o seu tempo.”
Existe uma espécie de resignação nas sociedades em que estas desigualdades são mais evidentes. Uma espécie de resignação que se materializa num discurso que vem das mais diferentes alas sociais, como ouvi um destes domingos na missa da Graça, onde se contou uma parábola bíblica em que um povo fustigado por secas e várias tragédias consecutivas começou a perder a fé em Deus. Então Deus enviou à Terra uns profetas que restituíram a fé e a paciência no povo, a capacidade de aceitar a sua pobre condição, acreditando que um futuro radioso lhes estaria reservado depois de viverem em privação.
Não consigo encontrar neste discurso, e em outros semelhantes, outro propósito que não seja o de tentar atenuar o sofrimento psicológico de quem vive na miséria, de quem vê filhos morrer de um dia para o outro com menos de 5 anos de idade, de quem vê os pais e irmãos apodrecer na doença antes dos 50 anos, de quem não tem água, esgotos e energia eléctrica na casa feita de tijolo artesanal com chapa de zinco a fazer de telhado. Pode acalmar os pensamentos intrigados de quem vê compatriotas em Hummers de 75.000 dólares, vidros fumados fechados e ar condicionado no máximo, a cruzar-se nas ruas com os táxis onde 17 pessoas se comprimem para ir trabalhar, pode suavizar a curiosidade que causa o contraste entre o brilho acetinado de um fato Armani e as roupas poeirentas e remendadas de quem desce o morro pela enrugada estrada de terra batida, mas não resolve os problemas urgentes das pessoas. A paz, o pão, habitação, saúde, educação.
É perfeitamente possível conciliar uma leitura crítica com optimismo e fé na capacidade dos homens para resolver os problemas. Mas para resolver problemas não chegam apenas o optimismo e a fé. É preciso identificar os problemas, dividi-los em objectivos de curto prazo, exequíveis a curto prazo, para atingir os de longo prazo. É necessário também não passar ao largo de um pensamento político, e saber ser vigilante com quem conduz os destinos de um país, região ou cidade, ser interventivo e exigente e ter consciência que este planeta é de todos e não propriedade de uns poucos que decidiram apoderar-se dele.
Não ter posição, não ter opinião, não sentir indignação perante injustiças, ignorar prepotências, é tomar silenciosamente o partido do abusador. Não chega “acreditar”. Não é suficiente ter “fé” nos homens e na resolução natural dos desequilíbrios. É manifestamente pouco ter uma dedicação paliativa para minorar problemas a jusante sem comprender e atacar as suas causas a montante.
Estamos num grande autocarro. O motorista está a conduzi-lo mal. Todos sabemos isso. Podemos aceitar a condução perigosa do motorista, com uma caixa de primeiros socorros debaixo do braço para usar quando alguém se esborrachar numa curva mal feita. Podemos ser espectadores, ficar sentados na plateia, e intervir em socorro e auxílio após um desastre altamente previsível, acreditando que um dia mais tarde havemos de chegar ao destino. A condução é má, o autocarro está em mau estado, mas não temos outro. É assim a vida. Resignemo-nos. Aceitemos a nossa condição.
Mas também podemos dizer que queremos que a condução do autocarro seja melhor, podemos dizer que não queremos ir por aquele caminho, podemos organizar-nos entre os passageiros e escolher outro motorista para substituir o que está ao volante. Até podemos dizer que nenhum de nós está capacitado ainda para ser motorista, mas que isso não nos obriga a aceitar que o motorista conduza deliberadamente mal, sem respeitar os passageiros. Podemos dizer que não queremos sequer andar de autocarro, que escolhemos outro meio de transporte. E podemos pensar em soluções diferentes.
Infelizmente, a maioria das pessoas fica em silêncio. A estratégia a montante é simples. Minar o sistema de educação, garantir má nutrição do povo, dificultar o acesso a bens de primeira necessidade e obrigar as pessoas a viver cada dia como mais um que conseguiram sobreviver roubando-lhes tempo e energia para elaborar sobre como se poderiam organizar de forma mais eficaz para o bem de todos. E instigar o medo da opinião, criando isolamento, represálias, fomentando medo da partilha e debate com o cidadão do lado.
Estas coisas mudarem leva tempo, sim. A História assim o mostra. Mas também mostra que todas as mudanças nasceram da contestação, da vontade firme de uns poucos em alterar trajectórias, sacrificando-se e sendo muitas vezes punidos por ter opinião, por ousar contestar, isolados pela cobardia dos compatriotas e outras testemunhas cautelosas. Ficar em silêncio é tomar o partido de quem fomenta a miséria. Ficar em silêncio é ser cúmplice. Optar pelo cinismo é morrer sem saber que se morreu."

sexta-feira, 23 de maio de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Rosas de porcelana

O viveiro  ( de que falei no post anterior) de flores, plantas e com muitos inquilinos ( bicharada) perto de Benguela é conhecido pelas suas "rosas de porcelana" ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa-de-porcelana) e outros belos exemplares:
Rosa de Porcelana












 
 ( Para ser sincera... E até aquele dia em que estive no viveiro nunca tinha ouvido falar de Rosas de Porcelana... mas sim existem e são muito apreciadas no hemisfério sul)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Liberdade e felicidade...

 
... é o que me ocorre quando  revejo esta fotografia tirada num viveiro com  vegetação, vários animais e flores lindíssimas .
 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Os meus outros vizinhos da frente

Ao lado da casa com a família havia uma outra.... Maior, com 2 pisos, 2 áreas de "varanda"...

Nunca percebi quantas pessoas moravam lá e o que era realmente:

  - Pelo letreiro da Coca Cola, quantidade de cadeiras e número de pessoas que lá vi parecia-me ser uma "tasca/bar"... mas não garanto...

 - O único factor comum era um fulano que estava lá ( quase) sempre sentado a beber cucas e fumar: Começava de manhã e era até à noite.

- Ao lado das grades vermelhas de cervejas existia (existe) um pequeno fogão onde se  cozinhava (cozinha) e que era retirado quando chovia.. os restos com águas etc. eram ( são) atirados para a rua...

- Num balde, ao canto e em frente das grades amarelas, existia (existe) um balde para as aflições de bexiga..

- Por baixo o salão de beleza.. que pouco depois foi transformado em casa de fotocopias, oficina de reparações de PCs, impressoras, fotocopiadoras ( não se consegue ver mas os papeis na porta publicitam isso)

Sempre inovadora e dinâmica a vida nesta cidade!



domingo, 11 de maio de 2014

Os meus vizinhos da frente

Todas as noites ( ou cada vez que ia à janela fumar) tornava-me espectadora involuntária ( mas curiosa...) das rotinas desta família.

 Pelo que me apercebi eram 4 crianças ( entre os 3 e os 8 anos)  e um casal. Os quartos seriam na parte com tijolo, na parte "visível" era a cozinha/ sala.
 
 Tinham luz. água? casa de banho? não sei...

 
 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Tuga Land

Quando cheguei a Lisboa fiquei encantada com a luz, o sol e o calor.

Sim, lá em baixo no Hemisfério Sul também havia sol e calor. Mas não esta luminosidade que eu nunca me tinha apercebido e que torna tudo muito mais bonito.

Os Tugas pareceram-me todos mais soltos e felizes... Quase que parecia Agosto, mês de sol, de férias e de subsídios pagos a tempo e horas e sem sobre taxas.....

 Da minha pouca ( 60 dias) experiência  noutro pais com qualidade de vida muito inferior à nossa mas com um crescimento económico muito maior atrevo-me a aconselhar os Tugas:

  - Parem de alternar entre estados depressivos ( o deficit, a troika, a chuva etc. etc.) e euforias ( a Expo 98, o Euro 04, as vitórias do Benfica etc. etc.) e concentremos-nos em ser menos queixinhas, mais eficientes e ambiciosos!!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A viagem

Resumo da coisa:

-  Ter que estar no aeroporto às 23:00 para fazer o Check in para um voo que só partiria às 4:35 da manhã mas que afinal só partiu às 5:00...
 
- Estar com os amigos M. e B. (que  aguentaram estoicamente) até às 01:45 na converseta e a beber cucas ( versão mini!)
 
- Ficar a conhecer todas as casa de banho do aeroporto desde o check in até à porta de embarque à conta das Cucas ( mesmo sendo minis!) 
 
- Observar os passageiros do voo ( Air Marrocos) para Casablanca e rezar para nenhum deles ter ideias de ir ao encontro das não sei quantas virgens...
 
- Olhar para o avião e pensar: Isto vai conseguir chegar lá?
 
- Tentar perceber o comandante que fala muito em árabe e depois num Francês e Inglês Macarrónico.
 
- Chegar a Casablanca sair de um avião e entrar a correr no outro ficando com boa impressão do aeroporto.
 
- ir noutro avião ( Casablanca- Lisboa) na mesma companhia aérea mas numa versão melhorada: avião/ tripulação de bordo/ Qualidade do Inglês- Francês do comandante.
 
- Fazer tudo isto com os pés (dolorosamente) enfiados nuns sapatos fechados depois de 60 dias de chinelinho/sandálias e pés arejados.
 
- Entrar no espaço aéreo da Mãe Pátria sem o perceber porque se tenta analisar o que raio é aquilo que nos serviram de almoço...
 
- Olhar para os passageiros  Tugas da esq. e da dta e perceber que comeram tudo e  tentar fazer o mesmo. Desistir e concluir que ambos os senhores deviam estar à muitos dias sem comer....
 
-  15 horas depois de  entrar no aeroporto de Luanda aterrar no da Portela, com 3 horas de sono, pés doridos e imensa alegria de chegar!!!!!!!!!

domingo, 4 de maio de 2014

De partida...

Parto na próxima madrugada...
 
 Por um lado imensas saudades do L., do M., da família, da minha casa e da bicharada, da Tuga Land.... E desejos que as horas passem rápido!!
 
 
 Por outro lado.. um pouco de pena de deixar este país, e todos os amigos que já fiz.
 
 
Voltarei logo que a parte burocrática ( Visto trabalho) esteja resolvida: O que pode demorar mês e meio ou......bem o infinito é o limite!
 
 
Por aqui vamos entrar em velocidade de cruzeiro... Vou colocando algumas fotos e falar de algumas coisas que me vá lembrando...
 
   
Aeroporto


sábado, 3 de maio de 2014

A Ma. , a M. e eu....

A Ma. ( empregada) conta-me que:

  O filho de 6 anos partiu o braço na escola. Ligaram ao pai e ele foi busca-lo e levou-o ao hospital. Chegaram perto das 11:00 e foram atendidos às 20:00. Puseram uma tala ao miúdo e mandaram marcar consulta para ortopedia, supostamente para colocar gesso. A Ma. foi para lá às 5:00 da manhã e quando foi atendida disseram que só havia consulta para Setembro..... Mas, e discretamente, por 15.000 Kz antecipava-se a consulta para a próxima semana.

 A M. ( Tuga) diz-me que pode ser verdade ou não. E que ela estava à espera que eu lhe desse dinheiro...

Eu nem sei o que pense...
 
E no meio disto tudo o JES passeia pela Europa... Tudo em prol do Povo Angolano, claro!



Sem Comentários...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Vacinas

Ontem foi feriado e estou  quase na Tuga Land!

  Quando fiz a consulta do viajante a médica ficou meio hesitante em dar-me ou não mais uma dose da vacina anti-poliomielítica....... Por um lado eu já tinha 6 doses "no bucho", por outro lado a última dose tinha sido há 30 anos*.... E acabei por levar a 7ª dose... Achei um pouco de exagero, mas não fazendo mal e sendo gratuita ....ok!

  Quando aqui cheguei... É chocante o monte de gente nova com paralisias e problemas motores devido à polio... Como é possível  no final do século XX crianças ( os jovens de hoje, séc XXI) ficarem com sequelas graves e incapacitantes para o resto da vida?
 
  Como  é que é possível, um pais  desperdiçar quase 30 anos numa guerra civil que foi motivada pela ânsia de poder e dinheiro de alguns e que sacrificou todo um povo?

  Como é possível ainda existirem (até há pouco tempo) casos de Polio num país que está em paz há 12 anos e tem um crescimento económico previsto  de 6,3% para 2014?
 
E como é possível nesse mesmo país e pela terceira vez desde domingo a luz faltar desde as 8:00 até às 19:30? Sim, está bem ...eu tenho gerador, mas a minha vizinha do lado não tem...como muita gente nesta cidade.
 
* A Angola ainda é uma zona considerada endémica.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Desabafos quase filosóficos

Antes de vir já tinha ouvido algumas estórias da magia de África....dos seus cheiros... de quem cá vinha  tinha que regressar sempre...

Quando sai do avião à espera do cheiro de África levei com um bafo quente enorme e os primeiros cheiros que senti foram do veiculo que nos levou da pista até ao edifício do aeroporto que parecia ter o escape virado para dentro...

Nos dias a  seguir os cheiros de Luanda e arredores  também não seriam de certeza motivo de boas recordações para ninguém....

Mas depois à medida que vamos percorrendo um  (muito) pouco este pais vamos percebendo o que ouvíamos: As paisagens são absolutamente fabulosas!

Estive mais a Norte no Dande, Provincia do Bengo, e a Sul  na Baia Azul,  Provincia de Benguela, (sempre na linha de costa e não entrando -muito- no interior do país) e a imensidão do horizonte, as diversas paisagens e os silêncios desses locais... Agora percebo as estórias....

Comigo o que me falta em ligações afectivas a este local sobra-me em curiosidade de o conhecer e compreender. Se também ficarei com a "magia de África"? provavelmente não... os meus muitos anos de Galo de Barcelos e padrões -quase- Ocidentais vão dificulta-lo ou até mesmo impedi-lo.

Mas, enquanto andar neste pais situado no Hemisfério a sul do Equador vou continuar com os olhos bem abertos a admirar todo este imenso horizonte.

 Em Luanda.. também convém manter os olhos bem abertos ( para não me "gamarem o Kumbu*") , mas o  nariz tapado!

*  roubarem o dinheiro.